domingo, 13 de abril de 2008

Inútil tomada de consciência prévia ao sono

A lembrança das cabeças desprotegidas no tempo
A carne ora a derreter na sequidão, ora a trincar no vento frio
Mais uma manhã regular
E tantos corpos pelo chão

Vidas potenciais sofridas pelos cantos
Buscando nada além do que o urgente:
Sustento imediato para ossos duros e peles grossas

Quase zumbis num vagar incômodo
Causando "credos" de asco
Desengasgando de cútis hidratadas - e muitas ocas - "ais"
Mistos de culpa e dó.

Pois consome, come, cala
Remedia, adia
E dorme.

Um comentário:

  1. O título, já por si só é pura poesia - adoro títulos longos, que não economizam idéias. A ilustração fica pregada a marteladas na cabeça da gente. O restante dispensa comentários, pois é pleno deleite!

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