sábado, 6 de dezembro de 2008

Sonhos

A questão da maternidade tem cruzado o meu pensamento e me perseguido nos mais inesperados momentos. Algo que há pouco tempo parecia duvidoso de ser desejado, se mostra hoje feroz e certo como um sonho desses que o indivíduo arrasta com veemência da infância pelo transcorrer de sua vida. E talvez seja mesmo um determinado sonho infantil, ainda que não nos demos conta.
Em meio a uma sociedade vil de tão insana e frenética, aos lúcidos chega a parecer loucura conceber-se a idéia de dar vida a mais um pobre filho de Deus condenado, não só a um destino fadado ao desgaste social e econômico, mas também à uma existência no seio de um planeta cujos recursos naturais, tão essenciais à vida humana, estão se esvaindo diante de nosso passivo olhar.
Mas como combater um instinto tão arraigado nas entranhas femininas? Como enregelar um impulso tão natural e puro? Dormindo talvez. Boa noite.