quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A volta dos que não foram


Há tanto tempo não escrevo no blog que chego a me sentir até tímida. Assim são as coisas: o tempo passa, as tarefas diárias e rotineiras nos afastam de pequenos prazeres e, quando finalmente nos damos conta, choramos o prejuízo e tentamos nos readaptar. Vamos lá.
No entanto, o título escolhido para esta postagem não está relacionado apenas à minha volta ao blog; quero falar da volta de uma pessoa muito querida.
Meu primo Adolfo, Fofo, desde os meus tenros anos de adolescência, foi, de certa forma, um líder. Apresentou-me à bandas e canções diversas. Afinou, assim, os meus ouvidos para que fossem capazes de distinguir inusitada profundidade de superficiais e
apelativas novidades. Mesmo essa profundidade, hoje, nos parecendo tão óbvia e mássificada. Contribuiu para o traçado dos meus caminhos literários, preparando minhas veias para aflorarem e motivando a libertação da minha, então, dormente e escondida sensibilidade. E, verdade seja dita, ajudou-me imensamente na angustiante e incansável lida com a nossa numerosa, tradicional e católica família.
Os anos foram passando e nossas vidas tomaram rumos distintos, não só geograficamente. Eis que depois de longos invernos nos reencontramos e nos conhecemos novamente. Agora adultos. Donos dos nossos narizes, das nossas contas, dos nossos mundos individuais e já tão libertos de correntes familiares.
Que influências essa retomada nos trará? As melhores, tenho certeza.



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