segunda-feira, 19 de maio de 2008

A cegueira de quem muito tem. O silêncio de quem muito necessita.

Quanto às atrocidades diárias
Cegai-nos, Senhor
Quanto às injustiças familiares
Cegai-nos, Senhor
Quanto à castidade filantrópica
Cegai-nos, Senhor
Quanto ao silêncio oportuno
Cegai-nos, Senhor
Quanto à vileza da omissão
Cegai-nos, Senhor
Quanto à desigualdade social
Cegai-nos, Senhor
Quanto à miséria alheia
Cegai-nos, Senhor
Quanto à violência bem nutrida
Cegai-nos, Senhor
Quando à fartura da fome

Cegai-nos, Senhor
Quanto à liquidez dos sonhos

Cegai-nos, Senhor

Quanto à criminalidade da riqueza

Cegai-nos, Senhor
Quanto à procriação da ignorância
Cegai-nos, Senhor
Quanto às atrocidades várias
Calai-nos, Senhor
Quanto aos familiares injustiçados
Calai-nos, Senhor
Quanto à casta rebelia
Calai-nos, Senhor
Quanto às oportunidades silenciadas
Calai-nos, Senhor
Quanto à vileza de ser são
Calai-nos, Senhor
Quanto à sociedade sempre igual
Calai-nos, Senhor
Quanto aos alheios à miséria
Calai-nos, Senhor
Quanto à nutrição violentada
Calai-nos, Senhor
Quanto à faminta fartura
Calai-nos, Senhor
Quanto aos sonhos intangíveis
Calai-nos, Senhor
Quanto ao rico criminoso
Calai-nos, Senhor
Quanto a nossa pobre geração
Calai-nos, Senhor

Um comentário:

  1. Que tal "A cegueira dos abastados, o silêncio dos necessitados"?

    :)

    Beijão. To adorando o blog.

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