domingo, 22 de março de 2009

Me fez feliz

Numa daquelas desenganadas consultas à programação da TV acabei me surpreendendo ao deparar com o início do Dr. Jivago. Foram cerca de 20 minutos de olhos fixos na tela até que me ocorreu que na prateleira do meio da biblioteca havia uma edição do tal.
Folhas amareladas, forte aroma de passado e capas que já se desintegram. Pouco importa. Tomei-o em minhas mãos e tomou-me a profundidade, a genialidade das descrições, dos dosados bocados de filosofia descritos com tanta naturalidade.
Em meio a longos e impronunciáveis "...vitches" e "...vovs" encontram-se paisagens lacônicas, inexplicáveis fragmentos poéticos e pensamentos singelos de tão verdadeiros.
Que descoberta feliz!

"Para buscar a verdade é preciso ser só e romper com todos os que não a amam o bastante. Haverá algo no mundo que mereça fidelidade? Pouquíssima coisa".
Trecho de O doutor Jivago de Boris Pasternak.

O melhor de tudo é que essa foi a coisa menos feliz que me aconteceu neste final de semana...

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