sábado, 7 de junho de 2008

Alegria do menino

O menino
Quieto, um pouco triste e só.
D' O pequeno príncipe
Ao invés da jibóia, ou da raposa,
O cativou a rosa.
Queria sua forma, cor e essência.
Queria a mais bela rosa
Para si, para sempre.
E buscou-a:
Pulou o portão vizinho.
Com uma pedra distraiu o cão.
Respirou fundo, pisou leve,
Esticou o seu comprimento e tocou-a.

Estremeceu.
O coração bateu forte na garganta.
Era sua a mais bela rosa de toda a vila.

Fez o caminho de volta
Com ar de Napoleão,
Ansiedade de principiante,
Honra de Odisseu
E orgulho de quem já não precisa das rodinhas da bicicleta.

Nas mãos, a rosa
E no rosto de suor, o rubor
Da euforia dos segundos que precedem a conquista.

Fora um fósforo a se acender.

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